2025-04-09
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Ministro das Comunicações,Juscelino Filho — Foto: Breno Carvalho/agência O Globo
GERADO EM: 08/04/2025 - 19:49
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Ao denunciar o agora ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho,a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou os crimes de pertencimento a organização criminosa,agravado pelo exercício de comando e majorado pela participação de funcionário público,fraude licitatória,peculato e corrupção ativa. A denúncia foi oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF),a quem competirá decidir se tornará o ministro réu ou não.
No início da noite desta terça-feira,Juscelino Filho pediu demissão. O auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o décimo ministro a deixar o cargo no atual mandato do petista.
A investigação que motivou a investigação trata de uma emenda parlamentar indicada por ele quando era deputado federal a Vitorino Freire,cidade do Maranhão que na ocasião era comandada por sua irmã,Luanna Rezende. Em nota,Juscelino afirmou que é inocente e que confia na Corte para rejeitar a denúncia. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 80% da estrada custeada pela emenda beneficiou propriedades dele e de seus familiares na região
Juscelino foi indiciado em junho do ano passado pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa,lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Em nota,a defesa do ex-ministro disse que não foi notificada da denúncia,que,caso confirmada,será um "indício perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil".
"De toda forma,o ministro reafirma sua total inocência e destaca que o oferecimento de uma denúncia não implica em culpa,nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país. O julgamento cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF),em quem Juscelino Filho confia que rejeitará a peça acusatória diante da sua manifesta ausência de provas",completa a nota.
O inquérito trata de suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire,no interior do Maranhão. A cidade era comandada por sua irmã,Luanna Rezende,que chegou a ser afastada do cargo no curso das apurações,mas retomou o mandato após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). É a primeira vez que um integrante do primeiro escalão do atual mandato de Luiz Inácio Lula da Silva é indiciado. Em nota quando foi indiciado,o ministro negou irregularidades e apontou "ação política" da corporação.