2025-04-09
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Deputado Gilvan,relator de proposta que desarma segurança do presidente — Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
GERADO EM: 08/04/2025 - 22:12
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A Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira um projeto que que proíbe o uso de armas de fogo pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado. Elaborada pela oposição,a proposta,vista como uma provocação,teria o propósito "alinhar" a legislação à defesa do desarmamento pelo atual governo.
O projeto tramita em caráter conclusivo,sem a necessidade de passar pelo plenário,e será analisado agora pelas comissões de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça.
Para virar lei,no entanto,depois desses colegiados,ainda teria que tramitar no Senado.
Segundo os autores do texto,os deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA),o objetivo seria "promover uma cultura de paz,reduzir a violência e buscar soluções não violentas para os desafios de segurança”.
O relator na comissão,deputado Gilvan da Federal (PL-ES),porém,chegou a desejar,durante a sessão,que Lula morra.
— Eu quero mais que o Lula morra,quero que ele vá para o quinto dos infernos,é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara,mas eu quero que ele morra,que vá para o quinto dos infernos — disse o deputado ao microfone: — Nem o diabo quer o Lula,por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia,porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo",afirmou Gilvan.
Durante a sessão,o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) chamou o projeto de "tragicômico".
— O presidente Lula nunca disse que agentes de segurança não podem estar armados. O que nós dizemos é que arma de fogo,para uso estimulado em massa pela população,não é uma boa política de defesa e de proteção — afirmou.
A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou,na noite desta terça,pedido à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR),para que ambas instituições "adotem as providências cabíveis,incluindo possível investigação criminal",em razão das declarações de Gilvan.
No despacho,a AGU afirma que as declarações" podem configurar,em tese,os crimes de incitação ao crime".