Cena de 'Branca de neve' mostra protagonista com os sete anões — Foto: Reprodução

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GERADO EM: 14/03/2025 - 13:51

Live-action "Branca de Neve" estreia no Brasil em meio a polêmicas

O novo live-action da Disney,"Branca de Neve",estreia no Brasil em 20 de outubro,protagonizado por Rachel Zegler e Gal Gadot. O filme enfrenta polêmicas nos EUA,incluindo críticas à escalação de Zegler,de ascendência colombiana,e questões de representatividade racial. Além disso,as tensões entre Israel e Hamas influenciam o debate,com divergências entre as atrizes sobre a questão. Apesar disso,a expectativa de bilheteria é alta.

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A primeira princesa da Disney,Branca de Neve,"nascida" em 1937,ganha agora mais uma versão em live-action. Depois de "Espelho,espelho meu" (2012),estrelado por Lily Collins e Julia Roberts,"Branca de Neve e o caçador" (2012),com Kristen Stewart e Charlize Theron,e outros,chegou a vez de "Branca de Neve" (2025). Protagonizado por Rachel Zegler (a princesa) e Gal Gadot (a Bruxa Má),o longa — que estreia no Brasil esta quinta-feira (20) — se tornou alvo na guerra cultural da extrema-direita e de grupos conservadores nos Estados Unidos. Entenda as principais polêmicas nas quais o filme está envolto:

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1. A escalação de Rachel Zegler

O primeiro tema a mobilizar discursos de ódio nas redes sociais foi a escalação de Rachel Zegler,uma jovem atriz de 23 anos com ascendência colombiana. Grupos contra pautas ligadas a representatividade racial,de gênero ou geográfica (os chamados "anti-woke") rechaçaram a ideia de uma moça de fenótipo latino para viver a princesa imaginada pelos estúdios de Walt Disney em 1937,de pele alvíssima e cabelos negros.

Rachel Zegler e Gal Gadot no Oscar 2025 — Foto: Patrick T. Fallon / AFP

2. Discurso progressista da atriz

O discurso progressista de Zegler também não contribuiu para sua imagem,num momento de emergência do conservadorismo impulsionado pelas redes sociais e que culminou com a eleição de Donald Trump. Ela disse,numa entrevista,que o filme original era datado porque o príncipe "literalmente perseguia a Branca de Neve". "Ela não vai sonhar em ser salva pelo príncipe,não vai sonhar com amor verdadeiro",disse a atriz,que fez sua estreia no cinema em "Amor,sublime amor",de Steven Spielberg,em 2021. "Ela vai sonhar em ser a líder que ela sabe que pode ser".

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3. Denúncia de capacitismo

Até o ator com nanismo Peter Dinklage,famoso pela série "Game of thrones" (2011-2019),da HBO,não poupou a Disney de críticas,não só pela escalação,mas por trazer o filme novamente aos holofotes. “Sem querer ofender ninguém,mas fiquei um pouco surpreso quando eles estavam muito orgulhosos de escalar uma atriz latina como Branca de Neve,mas ainda assim estão contando a história de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’”,disse ele em janeiro de 2022.

4. Israel X Hamas

Até a guerra do Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas acabou respingando no conto de fadas. As posições das duas grandes estrelas do filme foram constantemente justapostas nas redes sociais. Rachel Zegler e seus apoios à “Palestina livre” eram colocados ao lado dos da israelense Gal Gadot,que se tornou mais enfática no tema política depois dos atentados de 7 de outubro,quando o Hamas invadiu Israel e fez reféns na Faixa de Gaza. "Nunca imaginei que,nas ruas dos EUA e em diferentes cidades do mundo,nós veríamos as pessoas não condenando o Hamas,mas celebrando,justificando e torcendo pelo massacre de judeus",disse a atriz num evento em Nova York no início deste mês.

Expectativa da bilheteria

Apesar das polêmicas,aparentemente o lançamento deve ir bem em seu primeiro fim de semana. Um dos principais serviços de rastreamento consultados pela revista "The Hollywood Reporter" projeta uma estreia de "Branca de Neve" com bilheteria nos EUA entre 50 e 56 milhões de dólares. "Se atingir a faixa mais alta,ficará relativamente próximo do remake de 'Cinderela',que arrecadou 67 milhões de dólares em sua estreia em 2015",escreveu a revista.