Acabou o encanto? Manchester City vive pior fase com Guardiola, que admite fim de ciclo vencedor

2025-02-21 HaiPress

Guardiola na eliminação do City na Champions League — Foto: Javier Soriano/AFP

RESUMO

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GERADO EM: 21/02/2025 - 00:13

Manchester City: Desafios e Renovação sob Guardiola

Manchester City vive fase desafiadora sob comando de Guardiola,podendo encerrar temporada sem títulos. Queda de desempenho atribuída a desfalques,como o volante Rodri,e dificuldades táticas. Renovação da equipe em andamento para retomada do sucesso nos próximos anos.

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Acostumado a enfileirar troféus nos últimos anos,o Manchester City vive uma temporada atípica sob o comando de Pep Guardiola. A parceria,que está próxima de completar nove temporadas,pode chegar ao mesmo desfecho da primeira delas,em 2016/2017,quando não conquistou um título sequer. A ponto de o próprio treinador espanhol admitir poder estar diante do fim do ciclo vencedor:

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— As coisas não são eternas. Nem tudo dura para sempre — disse o técnico após a eliminação para o Real Madrid nos playoffs da Champions League,na quarta-feira.

Desempenho do Manchester City na Premier League até a 25ª rodada — Foto: Editoria de Artes

O desencontro com o caminho das vitórias de um time que normalizou a perfeição no futebol mais competitivo do mundo deixa uma dúvida: o que aconteceu de diferente desta vez?

A Premier League sempre foi reconhecida pela constância nas mudanças do topo,até que seu rival da cidade,o Manchester United,desafiou as estatísticas sendo campeão cinco vezes entre 2007 e 2013. Coube ao City superar a marca,levantando seis troféus nas últimas sete temporadas,com direito a um tetracampeonato consecutivo — feito nunca antes alcançado.

A trajetória de sucesso entre Guardiola e City não ficou restrita apenas às conquistas locais. Depois de bater na trave em diversas edições,o tão cobiçado título da Champions League chegou em 2023,obsessão desde que o clube passou a ser competitivo com a aquisição pelo Abu Dhabi United Group,em 2008.

Depois de muitas glórias,a sensação era de que o “City de Guardiola” era quase invencível. Mas uma inesperada queda de desempenho e de resultados apareceu na atual temporada. Pela primeira vez com o treinador,o time está fora das oitavas da Champions. Na Premier League,ocupa a quarta posição,a longínquos 16 pontos do líder Liverpool. Fora da Copa da Liga Inglesa,tem a Copa da Inglaterra e o Mundial de Clubes como as últimas chances de não terminar a temporada de mãos vazias.

Todos os resultados do Manchester City sob comando de Guardiola — Foto: Editoria de Artes

Correspondente da TNT Sports em Manchester,Fred Caldeira acredita que as peças disponíveis do elenco não conseguiram repetir as fórmulas para dominar os adversários,executadas com louvor em grande parte da “Era Guardiola”.

— Acho que o time ainda não encontra soluções suficientes para quando enfrenta equipes fechadas com uma linha de cinco,enquanto sofre ainda mais do que de costume com transições defensivas. A saída do Walker,por exemplo,deixou um buraco na lateral direita — analisou o repórter.

Desfalque de ‘ouro'

Praticamente todo o plantel vencedor segue no clube,assim como a comissão técnica. No entanto,seu desmoronamento em 2024/25 casa perfeitamente com um desfalque de muito peso: o volante Rodri,atual detentor da Bola de Ouro,lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho direito no início da temporada — jogou apenas três jogos —,o que o tirou do restante dela.

Rodri sofreu grave lesão ligamentar no joelho direito contra o Arsenal — Foto: Imago

A dependência do espanhol fica evidente na comparação do número de derrotas com e sem ele. Com Rodri em campo,o City perdeu apenas 18 partidas nas últimas quatro temporadas. Somente nesta,sem ele,já foram 13 derrotas. Sua importância também se reflete nos números defensivos. Em 40 jogos até o momento (tem pelo menos mais 17 pela frente),o City sofreu 60 gols,quantidade que não sofria em uma temporada desde 2016/17. Para o comentarista da ESPN,Mário Marra,a ausência do volante Rodri foi determinante para os rumos da equipe.

— Ele era um destruidor,um grande protetor de defesa,muito importante com a bola rolando,mas também com a bola parada. Também se destacava como construtor,em um time de construção com toques curtos,aproximação,além de chegada na área por um lado e velocidade pelo outro. Quando ele e o Stones jogavam juntos,o City perdia a bola e recuperava imediatamente,sufocando o adversário — disse.

Próximos passos

Com a queda abrupta nesta temporada,o City já mira uma recuperação nos próximos anos. Os primeiros passos já foram dados na última janela de transferências,com a contratação de quatro jogadores: o atacante Marmoush (26 anos),o volante Nico González (23 anos),além dos zagueiros Khusanov (20 anos) e Vitor Reis (19 anos). Os três primeiros já foram utilizados imediatamente,como tentativa emergencial de correção do rumo do time.

— Já existe uma renovação em andamento. Esse é um período de paciência para novos jogadores entenderem o processo,mas,com a volta do Rodri e podendo contar com jogadores como Foden na sua melhor forma,acho que o City reencontrará seu melhor jeito de jogar — projetou Mário Marra.

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