2025-02-20
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Lucio Capeletto,presidente da ABBT,que representa 21 empresas de vale-refeição e vale-alimentação,leva duas medidas para o vice-presidente,Geraldo Alckmin — Foto: Divulgação
GERADO EM: 19/02/2025 - 20:49
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Empresas de vale-alimentação e vale-refeição estão propondo ao governo federal duas medidas que preveem o corte nas taxas cobradas a estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões de benefícios. O tema foi levado ao vice-presidente Geraldo Ackmin ontem pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT),que representa 21 companhias do setor,incluindo as gigantes VR,Pluxee (ex-Sodexo),Alelo e Ticket.
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As propostas incluem uma redução de tarifas para pequenos e médios estabelecimentos que aceitam vales. Além disso,há a possibilidade de redução nas taxas para bares,restaurantes,supermercados,mercearias e lanchonetes que comprem insumos de agricultura familiar ou produtores que tenham o selo de sustentabilidade do Ministério da Agricultura. As medidas foram antecipadas pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Lucio Capelletto,estima que as medidas podem levar a um corte nas tarifas de 25% a 30%. Segundo ele,as taxas médias cobradas pelas empresas de benefícios aos estabelecimentos variam de 3,5% a 4%.
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— O objetivo é que isso dê um alívio aos estabelecimentos. Se vai se refletir no preço ao consumidor,esperamos que sim,mas não podemos garantir — afirma.
As duas proposições também foram levadas à pasta da Agricultura,e serão apresentadas ao Ministério do Desenvolvimento Agrário na próxima semana. A associação diz aguardar uma agenda com a Fazenda. Individualmente,as empresas também apresentarão as medidas ao governo,com detalhamento dos números,caso a caso.
Empresas de vale-alimentação e vale-refeição propõem ao governo duas medidas que preveem o corte nas taxas cobradas a estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões de benefícios — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
A iniciativa da associação acontece menos de um mês após o ministro Fernando Haddad anunciar a regulamentação da interoperabilidade e da portabilidade dos vales operados pelas empresas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Para o governo,as mudanças devem aumentar a concorrência no setor,o que beneficiaria os trabalhadores,com efeito sobre os preços dos alimentos.
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A proposta também é defendida por setores como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras),que sugeriu ao governo o pagamento ao trabalhador em dinheiro,via Caixa Econômica Federal.
Para as empresas que operam os vales,porém,essa possibilidade é um “ataque ao PAT” e coloca em risco a alimentação dos trabalhadores
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— O vice-presidente teve compreensão do que apresentamos e entendeu que a interoperabilidade é a solução,permite que o trabalhador use o benefício em qualquer estabelecimento,o que pode gerar uma concorrência saudável entre os estabelecimentos — afirma Capelleto. — Se for pago em dinheiro,o valor pode acabar indo para produtos não alimentícios,como celular,tênis,cigarro,bebidas alcoólicas ou apostas esportivas. Isso preocupa. O vale é carimbado para comida.