2025-02-11
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Marcus Vinícius Andrade de Souza foi preso em casa — Foto: Divulgação
GERADO EM: 10/02/2025 - 19:32
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O obreiro de uma igreja na Vila Aliança,em Bangu,Zona Oeste do Rio,Marcus Vinícius Andrade de Souza foi preso pela Polícia Civil do Rio na manhã desta segunda-feira,na Vila Kennedy,acusado pelos crimes de estupro e aliciamento de menores envolvendo duas meninas de 11 e 13 anos no ano passado. O pastor era responsável por uma escolinha dominical para crianças na Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA) — local em que teria praticado os crimes,expostos por meio de áudios enviados via aplicativo de mensagens.
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Segundo a Polícia Civil do Rio,Vinicius Andrade foi preso temporariamente pelos crimes de estupro,estupro de vulnerável e aliciamento de crianças,cometidos contra duas menores que frequentavam a comunidade eclesiástica à qual ele pertencia.
O pastor era responsável por uma escolinha destinada a crianças na Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA) e,de acordo com a polícia,fazia uso deste papel para aliciar as menores e proceder a atos de abusos sexuais há pelo menos dois anos. De acordo com os investigadores,os líderes da denominação teriam tentado impedir que o caso fosse revelado.
O crime foi denunciado após Vinicius Andrade enviar áudios para uma menina de 11 anos pedindo fotos e vídeos íntimos. Em um dos áudios ele chega a falar que gostava de ver a menina "sentada de pernas abertas" na igreja. Segundo a polícia,os pais da menor inicialmente procuraram a igreja,que tentou convencê-los a não denunciar o caso. No entanto,a família decidiu ir até a 34ª DP (Bangu) e registrar a ocorrência.
A polícia contou,ainda,que há relatos de outras vítimas que não chegaram a procurar a delegacia,o que mostra que esse tipo de crime muitas vezes não chega às autoridades. Além disso,o suspeito parecia,segundo os agentes,agir com naturalidade,sugerindo que já havia cometido esse crime outras vezes.
Em seu perfil do Instagram,o líder da Igreja Pentecostal Tempo de Avivamento (IPTA),o pastor Juan Marco,afirmou que a direção "não compactua com nenhum tipo de dano indevido a membros ou a nenhuma pessoa que entra na congregação". Disse ainda que "a única pessoa envolvida não se encontra mais no corpo de obreiros e foi excluída". Em entrevista ao G1,Juan afirmou que soube de um caso envolvendo Vinicius Andrade há cerca de um ano,mas,sem provas,o obreiro e sua esposa negaram a acusação. Agora,com áudios e outras evidências,o caso foi levado à delegacia.
— Há 1 ano ele estava em uma festa com adolescentes e 10 dias depois,chegou para a gente que ele tinha apalpado uma adolescente. A mãe falou o que tinha acontecido,e chamamos os envolvidos. Ele e a mulher (que é líder dos adolescentes) negaram,assim como os adolescentes que estavam na festividade. Mesmo assim,ele foi afastado das funções. Depois de 3 meses,ele voltou,já que não havia provas sobre o ocorrido — disse Juan,ao G1.
O homem vai responder por estupro e estupro de vulnerável,além de aliciamento de menor. A delegada pediu que outras vítimas procurem a delegacia.