2024-12-23 IDOPRESS
João Fonseca com o troféu do Next Gen ATP Finals — Foto: Divulgação/ATP
GERADO EM: 22/12/2024 - 21:29
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
O ano de 2024 ficará marcado na vida de João Fonseca. De sensação do Rio Open,ao chegar às quartas de final no quintal de casa,em fevereiro,à conquista do Next Gen ATP Finals,competição que reúne os oito melhores tenistas da temporada com menos de 20 anos,neste domingo,em Jidá,na Arábia Saudita,o brasileiro se consolidou como uma das grandes promessas do esporte em seu primeiro ano no circuito profissional.
Futebol: Clubes do Rio investem em estruturação e cortam distância histórica para paulistasQuebrou a tradição? Filha de LeBron James escolhe outro esporte,mas usa número do pai
Ao derrotar o americano Learner Tien por 3 a 1,parciais de 2/4,4/3 (10/8),4/0 e 4/2,ele igualou o feito de Jannik Sinner,número 1 do mundo,e Carlos Alcaraz,terceiro do ranking da ATP,como os campeões mais jovens do torneio aos 18 anos — o italiano venceu em 2019,e o espanhol,em 2021. E ainda levou o prêmio de R$ 3,2 milhões como premiação.
Foi apenas o segundo título de João como profissional — em agosto,ele venceu o Challenger de Lexington (EUA),ao bater o australiano Li Tu na final. Mas o brasileiro já havia ficado sob os holofotes no ano passado,quando foi campeão do US Open juvenil também ao vencer Tien na final.
— Eu sabia que seria difícil mental e fisicamente. Apenas tentei manter o meu jogo e o meu saque. No quarto set,eu dei o meu melhor. Eu estou muito orgulhoso de mim — disse João Fonseca logo após a vitória.
Número 145 do ranking da ATP,João Fonseca extrapola os números e resultados. É o tênis que ele pratica que o coloca em destaque. Aos 18 anos,o alto nível do seu jogo chama a atenção de quem está no circuito ou já partiu dele. Como o recém-aposentado Rafael Nadal,que estava presente em Jidá e cumprimentou o jovem após a conquista. Outros tenistas e técnicos também encheram o brasileiro de elogios ao longo do ano.
— Ter o Nadal aqui é sensacional. Eu e dois jogadores tivemos uma conversa rápida com ele,fizemos algumas perguntas. É sensacional estar perto dele,é tipo ver um Deus assim. Ele me deu boa sorte,e agora (depois do jogo),me disse coisas bem legais. Tem um grande nervosismo de jogar na frente dele — admitiu o tenista,que segue hoje para a Austrália onde disputará um torneio challenger e a qualificatória para o Australian Open.
O sentimento é de que ele vai figurar entre os melhores nos próximos anos,assim como Sinner e Alcaraz. O jovem prefere não se colocar tamanha pressão. Não quer atrapalhar os processos,nem ser visto como um prodígio do tênis e não corresponder às expectativas alheias. Quer ser apenas o João.
Mas isso não significa que não tenha metas. A vitória deste domingo coloca mais visibilidade sobre o brasileiro,que terá que defender os pontos conquistados em seu primeiro ano de profissional. Além de ranking,título e triunfos em quadras distintas,ele sonha em estar na chave principal dos torneios Grand Slam da próxima temporada.
— É uma pressão boa. Se eles fizeram essa trajetória isso é um estímulo. Me dá mais confiança para começar ano que vem. Era um torneio muito difícil para mim. Minha meta era participar do torneio e venci — disse.
O tenista brasileiro chegou como azarão em Jidá. Todos os adversários têm ranking melhor. Mas ele foi derrubando um a um,inclusive o top 20 Arthur Fils,da França,num jogo de cinco sets. Após os triunfos até a final — inclusive o confronto com Tien,pela segunda rodada na fase de grupos também por 3 a 1 e com direito a dois games vencidos por 4/0 —,invertei a situação e entrou na quadra dura como favorito ao título,condição que confirmou em 1h27.