Trabalhadores da Nobre cumprem dois dias de greve

2024-11-05 HaiPress

"Temos uma adesão a rondar os 92%",disse à agência Lusa o dirigente do SINTAB,Diogo Lopes,considerando que a paralisação dos trabalhadores da empresa Nobre,em Rio Maior,no distrito de Santarém,está ser "superior em 10% em relação às últimas greves".

 

A greve,convocada pelo SINTAB,é a 16.ª realizada desde fevereiro de 2023 por falta de reposta ao caderno reivindicativo em que os trabalhadores exigem um aumento salarial de 150 euros,a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno,a implementação de diuturnidades,direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária,entre outras reivindicações.

Depois de,nos últimos meses,terem feito uma paralisação mensal de um dia,os trabalhadores intensificaram agora a luta com a marcação de dois dias de greve,que se traduz numa paragem de seis dias,já que esta foi antecedida pelo feriado de 01 de novembro e pelo fim de semana e será precedida pelo feriado municipal de Rio Maior,que se comemora na quarta-feira.

O objetivo,segundo Diogo Lopes,é "tentar criar um impacto diferente na empresa",à semelhança do que aconteceu em novembro de 2023,altura em que foi também efetuada uma paragem de dois junto ao feriado municipal.

"Soubemos que a empresa teve de cancelar a vinda de alguns produtos visto não ter trabalhadores",lembrou o dirigente sindical,esperando que adesão de 92% se mantenha durante o dia de terça-feira,provocando impactos que "venham trazer uma melhoria nas relações e que a empresa acabe,por fim,por reunir com os trabalhadores".

De acordo com o sindicato,o dialogo com a empresa está suspenso "desde as últimas cinco greves",com a ausência de respostas por parte da administração às moções "entregues após aprovação em cada greve".

Na semana passada "foi feito um novo pedido de reunião mas continua a não haver qualquer resposta",disse à Lusa o dirigente sindical,acrescentando que "já hoje os trabalhadores aprovaram uma nova greve para o dia 06 de dezembro".

Contactada pela Lusa,a Nobre não respondeu às questões. Nas duas últimas paralisações,numa reposta enviada por 'email',afirmou estar "sempre atenta" às necessidades dos colaboradores e da empresa,acrescentando que realiza "reuniões frequentes com os sindicatos para discuti-las,de forma positiva e transparente".

Na resposta,a empresa reiterava "o compromisso de disponibilidade para dar continuidade às reuniões regulares" com o objetivo de ver "o caminho a seguir",apesar de,segundo o sindicato,desde julho,não terem obtido respostas às reivindicações.

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