2024-10-26 HaiPress
"A gente tem que aguardar o que vai ser oferecido ao mercado internacional",sublinhou Silvio Costa Filho numa entrevista à Lusa,após um encontro com o ministro português das Infraestruturas,Miguel Pinto Luz,que decorreu esta quinta-feira,em Lisboa,e no qual foi informado oficialmente pelo seu homólogo que "a TAP seria privatizada ao longo de 2025".
O Brasil acompanhará o processo,disse o ministro,mas ressalvando,que o executivo de Lula da Silva,respeitará institucionalmente "a decisão do governo português" e no encontro com o homólogo português foi referido que "qualquer companhia aérea no mundo pode participar" naquele processo.
Por isso,no regresso ao Brasil irá transmitir essa ideia no diálogo com a Latam,com a Azul,com a Gol e outras companhias",mesmo que "o governo brasileiro apoie e torça pelo fortalecimento das companhias aéreas do Brasil,mas qualquer compra de ativos compete ao mercado e às companhias aéreas".
A 10 de outubro,em declarações públicas,o ministro português de Estado e das Finanças falava de três grupo interessados na privatização da companhia aérea portuguesa.
"Estamos em diálogo com as três companhias áreas [Lufthansa,Air France-KLM e IAG] que mostraram interesse na privatização da companhia,este é um diálogo preliminar,estamos a analisar a pretensão de cada uma destas companhias",adiantou então Joaquim Miranda Sarmento,em conferência de imprensa,após a entrega no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O Brasil,disse o ministro brasileiro à Lusa,o que pretende é poder ter "melhoria dos serviços prestado pela TAP" após a sua alienação a privados e para que a companhia aérea "possa preservar os voos" para o país e "se possa ampliar o diálogo entre a aviação brasileira e aviação portuguesa".
Do seu homólogo português,leva a garantia que,"independentemente da privatização da TAP",todas as rotas e voos que a companhia aérea tem hoje para o Brasil "serão preservadas" e que "será feito um trabalho,à medida que [a empresa] tenha novas aeronaves,para poder ampliar novas rotas e voos" para o mercado brasileiro.
Silvio Costa Pinto,que considerou a reunião com o seu homólogo "muito positiva",adiantou que nela falaram também de outras possibilidades para ampliar a relação bilateral entre o Brasil e Portugal.
Lembrando,que os dois países têm hoje "uma prioridade conjunta de estreitar cada vez mais o turismo de negócios e de lazer",referiu que hoje,"no PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal o turismo equivale a 15% e no Brasil equivale a 7%".
Na sua opinião,isto quer dizer que os dois países têm "um amplo trabalho pela frente para fazer com que cada vez mais turistas brasileiros venham a Portugal e portugueses possam ir ao Brasil" em lazer e em negócios.
Um contexto,no qual ambos os governos sabem também que "a TAP é muito importante".
Entre os dias 21 e 25 de outubro,o ministro de Portos e Aeroportos do brasileiro realiza uma visita a Espanha e Portugal,países que o Governo do Brasil considera "parceiros estratégicos (...) no setor".
O objetivo desta viagem,que em Portugal começou na quinta-feira e termina hoje,foi encontrar-se com investidores,representantes de empresas e autoridades locais para apresentar projetos de concessões,propostas de investimentos e oportunidades na aviação regional e nos portos brasileiros,adianta em comunicado o seu ministério.