2024-09-24 HaiPress
O marqueteiro Duda Lima foi agredido por um assessor de Marçal após a expulsão do ex-coach de debate — Foto: Reprodução
GERADO EM: 24/09/2024 - 04:00
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A agressividade de Pablo Marçal avacalhou a campanha e plantou um clima de violência inédito nas eleições de São Paulo.
Sem tempo na propaganda de rádio e TV,o candidato do PRTB apostou no conflito para chamar a atenção da imprensa e dos eleitores.
Deu certo. Desde o debate da Band,quando insultou adversários e gritou com a plateia,ele se impôs como o principal assunto da disputa.
Com milhões de seguidores nas redes sociais,Marçal levou para a arena política as armas que o notabilizaram na internet. Suas baixarias geraram cliques,dominaram as conversas e arrastaram os outros candidatos para uma competição na lama.
O método de Marçal já não é novidade para ninguém. O coach ignora as regras dos debates,distribui ofensas e enfileira acusações sem provas. Tudo para tirar os oponentes do sério e produzir vídeos curtos que viralizam nas redes.
No debate do Estadão,Guilherme Boulos (PSOL) caiu na provocação de Marçal e se deixou filmar dando um tapa numa carteira de trabalho. Na TV Cultura,foi a vez de José Luiz Datena (PSDB),que perdeu a cabeça e acertou o rival com uma cadeirada.
O episódio parecia ser o ponto mais baixo da campanha em São Paulo. Não é mais. Na noite desta segunda,o debate promovido pelo podcast Flow terminou em pancadaria.
Marçal cavou a própria expulsão no último bloco do debate,após ser advertido três vezes pelo mediador Carlos Tramontina. Em seguida,seu videomaker Nahuel Medina deu um soco no rosto do marqueteiro Duda Lima,que coordena a campanha de Ricardo Nunes (MDB).
O tumulto fez o debate terminar na delegacia e no pronto-socorro de um hospital. Mais uma prova de que Marçal conseguiu achincalhar a eleição na maior cidade do país.
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