2024-09-11 HaiPress
Esta segunda-feira,Mario Draghi (antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central Europeu) apresentou um relatório sobre a competitividade da Europa em que estimou em 800 mil milhões de euros as necessidades anuais de investimento adicional na União Europeia (UE),o equivalente a mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) comunitário,acima do Plano Marshall,e defendeu emissão regular de dívida comum (como aconteceu na covid-19).
Hoje,em comunicado,a CIP considerou que o 'relatório Draghi' "consubstancia uma mudança clara no pensamento europeu" ao voltar a "colocar a competitividade no centro de políticas promotoras de prosperidade,sustentabilidade,bem-estar,democracia e coesão social na Europa".
A CIP diz que a perda de competitividade europeia ao longo das últimas décadas tem criado um "preocupante 'gap' [fosso] face a outras grandes potências económicas mundiais",que atribui a fatores como pouco investimento em investigação e desenvolvimento,crescente dependência externa de matérias-primas,falta de competências digitais e morosidade na transição energética.
Para a CIP,uma nova estratégia para a competitividade europeia deve ser posta em prática e aí devem ser incluídos "incentivos orçamentais para desbloquear o investimento do setor privado".
A maior estrutura associativa empresarial portuguesa admite que esse investimento público terá impacto nas finanças públicas dos Estados-membros,mas considera também que "os ganhos de produtividade podem mitigar os custos orçamentais".