2024-09-04 HaiPress
John Textor,dono da SAF do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
GERADO EM: 04/09/2024 - 03:27
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
LEIA AQUI
O Botafogo encerrou a segunda janela de transferências de 2024 com oito contratações,a maioria sem custos de aquisição. Apesar de ter investido R$ 231 milhões nos reforços e R$ 373 milhões desde o começo do ano,o clube só vai de fato pagar cerca de R$ 50 milhões nesta temporada.
A estimativa do departamento de futebol leva em conta a estratégia do dono da SAF,John Textor,em um fluxo de pagamento de longo prazo para amortizar não só os altos investimentos,mas também não aumentar as dívidas,contando com o retorno esportivo e consequentemente financeiro.
O caso mais recente e emblemático foi a contratação do lateral Vitinho,do Burnley,da Inglaterra,pelo qual o Botafogo pagará 8 milhões de euros (R$ 49 milhões) em um prazo de quatro anos. A mesma lógica foi usava para as demais aquisições,de Thiago Almada e Luiz Henrique,principalmente.
O meia Thiago Almada custou ao Atalanta 25 milhões de dólares (R$137,4 milhões na cotação atual),enquanto o atacante Luiz Henrique um pouco menos,R$ 106,6 milhões. Os demais,vieram como parte da observação do Botafogo no mercado.
Igor Jesus e o volante Allan assinaram pré-contrato no início do ano e aguardaram encerramento de contrato. Matheus Martins,El Arouch e Adryelson também chegaram de graça. No último dia da janela,Alex Telles fechou a conta como reposição para Cuiabano,que sentiu uma lesão. Todos de graça.
O Botafogo aproveitou também para se desfazer de alguns atletas fora dos planos e enxugar a folha salarial,que está elevada. Patrick de Paula,Diego Hernández,Kayque,Luis Segovia,Gustavo Sauer e Lucas Mezenga foram emprestados.
No meio do ano,o clube divulgou balanço financeiro em que apontou dívida de R$ 101 milhões,mas também contraiu empréstimos na ordem de R$ 334 milhões com instituições bancárias. A receita operacional bruta foi de R$ 388 milhões,enquanto o custo total de atividades foi de R$ 412 milhões.
Parar poder voltar a deixar o caixa equilibrado e a dívida comece a cair,será necessário que os investimentos deem retorno para que nos próximos anos o Botafogo consiga se manter na briga por títulos e com isso aumente o lucro da SAF,com vendas e demais contratos.