2024-08-13 HaiPress
As médicas Mariana Belim e Arianne Risso morreram no acidente aéreo — Foto: Reprodução/Redes sociais
GERADO EM: 12/08/2024 - 19:37
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Funcionários do hospital do câncer Uoppecan,em Cascavel (PR),se despediram na manhã desta segunda-feira de Mariana Belim e Arianne Risso,médicas que atuavam na casa de saúde e que estão entre as 62 vítimas do avião da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) na sexta-feira passada. O acidente aéreo foi o quinto mais letal em solo brasileiro e o mais grave no Brasil desde a queda do Airbus da Air France no Atlântico,em que morreram 228 pessoas que haviam saído do Rio rumo a Paris.
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As duas médicas saíram de Cascavel no voo 2283 da Voepass. Elas viajavam para um congresso,em Curitiba,e iriam trocar de aeronave em Guarulhos.
Uma solenidade especial,com a presença de um capelão,foi preparada e reuniu pessoas que trabalham na instituição. Mariana e Arianne faziam residência em oncologia e atendiam pacientes no hospital. O consultório em que eles atuavam ficou vazio e recebeu um laço preto em sinal de luto.
Médicos e funcionários do hospital do câncer Uoppecan,em Cascavel,se despediram de Mariana Belim e Arianne Risso — Foto: Cícero Bittencourt
— É o dia mais difícil para nós. Chegar ao hospital hoje e encontrar os consultórios vazios. Eram pessoas com uma presença muito importante,meninas de ouro,que se empenhavam em prol dos pacientes. A sensação de vazio aqui no hospital é imensa — afirmou o médico Lucian Lucchesi,coordenador de residência da Uoppecan.
Mariana era de Cascavel e estava no estágio final da especialização em oncologia,faltando apenas seis meses para se formar. Camila Belim,prima da vítima,disse que a médica,de 30 anos,era apaixonada pela profissão.
— Ela era uma pessoa muito boa,tanto profissionalmente,como pessoa. Muito dedicada aos pacientes. O sonho da vida dela sempre foi ser médica — lembrou.
Já Arianne Risso saiu de Fernandópolis (SP) para estudar e trabalhar em Cascavel e concluiria a especialização em ano e meio. A mãe dela,Maria de Fátima Albuquerque,esteve no IML em São Paulo e cobrou respostas sobre o acidente.
— Não foi fatalidade,qualquer um que estivesse naquele avião ali ia morrer,porque era uma lata velha. Não foi fatalidade,foi crime. Quem acalenta minha dor? Vocês vão me ver lutando todos os dias — desabafou.