2024-06-18 HaiPress
O 'Ranking' de Competitividade do IMD 2024,que é liderado por Singapura,é uma análise anual de 67 economias globais e da sua capacidade de gerar prosperidade elaborada pelo IMD World Competitiveness Center (WCC).
Suíça,Dinamarca,Irlanda e Hong Kong completam o 'top 5',"num ano em que as posições de topo são dominadas por economias mais pequenas",lê-se no comunicado.
Nesta 36.ª edição do estudo,Portugal melhorou três posições e está em 36.º lugar,"recuperando a performance de 2021 depois do 42.º lugar obtido em 2022 e do 39.º em 2023".
As subidas "são comuns aos quatro indicadores-chave do estudo: as infraestruturas (32.ª para 26.ª) são aquele em que regista melhores resultados,seguidas do desempenho económico (sobe da 42.ª para a 39.ª posição),da eficiência empresarial (41.ª para 39.ª) e,por último,da eficiência governativa (43.ª para 41.ª)",de acordo com o estudo.
Numa análise dos subfatores de cada uma destas áreas,Portugal "obteve as suas melhores pontuações em matérias de educação (21.º),infraestruturas tecnológicas (24.º),saúde e do ambiente (25.º),quadro científico (25.º),legislação empresarial (25.º) e comércio internacional (25.º)".
Em sentido inverso,"as piores pontuações relacionam-se com política fiscal (58.ª posição),práticas de gestão empresarial (46.ª),produtividade e eficiência (45.ª),mercado laboral (45.ª),economia doméstica (44.ª) e finanças (44.ª)",segundo o estudo.
"Entre as principais melhorias face a 2023 no que respeita ao desempenho económico e à competitividade em geral,o IMD destaca o crescimento da população,o excedente orçamental,o saldo atual das contas públicas e as evoluções no campo da transparência,entre outros fatores",de acordo com o documento.
Já nos campos "em declínio estão,por exemplo,o crescimento real do PIB 'per capita',o crescimento real do PIB,a chamada "fuga de cérebros",o risco de instabilidade política e o crescimento a longo prazo do emprego",elenca.
Entre os principais desafios para Portugal este ano o estudo aponta que "o primeiro passa por garantir um nível sustentável de crescimento do PIB que permita um aumento sustentável dos rendimentos reais médios,promovendo a diversificação setorial da economia e resolvendo os problemas potenciais de uma futura dependência excessiva do turismo".
Além disso,o IMD destaca a "necessidade de reforçar a qualidade da gestão através da criação de estratégias nacionais para promover competências nesta área,na transformação digital e na transição energética".
Estas "podem alavancar a competitividade das empresas,criando o ambiente adequado para atrair investimento e empregos com maior valor acrescentado",pelo que "defende-se ainda a adoção de reformas importantes no setor público: na saúde,na justiça,na educação,na segurança social e no panorama fiscal e regulamentar".
A fechar o 'top 10' estão a Suécia,que subiu dois lugares para o 6.º,à frente dos Emirados Árabes Unidos (7.º),de Taiwan - Taipé Chinês (8.º),seguido dos Países Baixos e da Noruega.
O 'ranking' mostra ainda "que as economias emergentes estão a recuperar o atraso em relação às economias mais avançadas,especialmente nos domínios da inovação,da digitalização e da diversificação".
Ou seja,"países como a China,a Índia,o Brasil,a Indonésia e a Turquia registaram um rápido crescimento e desenvolvimento nas últimas décadas e tornaram-se intervenientes fundamentais no comércio,no investimento,na inovação e na geopolítica" e a "Malásia,a Tailândia e o Chile também estão a estabilizar ou a melhorar".
O Gana,a Nigéria e Porto Rico juntam-se ao 'ranking' nesta 36.ª edição,uma vez que a "inclusão de países africanos contribui ativamente para os seus esforços de desenvolvimento económico,como defendem os autores do estudo,que explicam como a classificação ajuda a atrair investimento,a informar as decisões políticas e a fomentar um espírito competitivo entre as nações",refere o documento.
Este 'ranking' é elaborado com base em inquéritos a executivos e na análise de 164 dados estatísticos. O inquérito para esta edição foi realizado entre março e maio de 2024 junto de 6.612 executivos nas 67 economias,segundo o IMD.